Apresentação

Olá,


Bem-vindo! Este é o blog do Programa de Iniciação Artística do CEU Cantos do Amanhecer


"O PIA - Programa de Iniciação Artística - é um programa da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, cuja proposta artístico-pedagógica se destina a iniciar e a despertar o interesse das crianças e adolescentes pelas linguagens artísticas: artes visuais, dança, música e teatro. Neste programa, trabalhamos com interlinguagem, promovendo experiências artísticas com foco na criança e no desenvolvimento de seus processos criativos." (1)


O programa está presente em diferentes equipamentos públicos da cidade de São Paulo, em especial os CEUs (Centros de Educação Unificados) e Bibliotecas públicas municipais. Cada equipamento conta com uma equipe de quatro artistas educadores, cuja formação parte de diferentes linguagens artísticas, e que atuam em duplas, em encontros com as diferentes turmas de crianças.


Fazem parte das ações do PIA encontros semanais com turmas de crianças de 5 a 7 anos, 8 a 10 anos ou 11 a 14 anos, além de ações culturais diversas. Todas as atividades são gratuitas e abertas aos interessados em geral, dentro da faixa etária abrangida pelo programa (5 a 14 anos).





Citações:

(1) Bruno César Lopes, Isabelle Benard, Karin Virginia Giglio e Ricardo Dutra. "No descomeço era o verbo: histórico". Revista Piapuru, 2013.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Princípios do PIÁ

Em 2010 foi criada a Carta de Princípios do PIÁ, como uma das possibilidades de sistematização e condensação da reflexão e do norteamento artístico, pedagógico, político, filosófico do programa. Em contínua construção e reconstrução, tal carta estabelece princípios gerais que atravessam as ações do PIÁ como um todo, e atualmente são formulados da seguinte maneira:

Iniciação
Por meio da experiência artística estimula-se de forma singular a descoberta da criança em sua potência criativa e sua livre expressão. Promover experiências estéticas de forma a reconhecer e ressignificar os processos, a criação dos seus modos de vida no mundo, inscrevendo na memória dos corpos o encantamento possível da arte.

Ludicidade
O brincar é a cultura da criança, um lugar sem fronteira, uma forma legítima e inata de se relacionar, de "ser e estar". A brincadeira, em sua espontaneidade, articula os relacionamentos e possibilita a significação e apreensão do mundo, criando um território de experiências simbólicas e poéticas, onde a criança desenvolve de forma ampla e vigorosa, a ideia de processo, criação e diálogo.




Interlinguagem
Experienciar a arte de forma ampla, integral e múltipla, apontando e possibilitando novos caminhos de fruição e criação artística dentro da nossa contemporaneidade.

Processo criativo
Instaurar coletivamente processos capazes de instigar a pesquisa e a experiência criativa em arte, dentro de um espaço e tempo que permite ser em si o principal fim e objetivo. Como um modo de conceber e entender arte que é processo, possibilidade e reflexão intrínseca do cotidiano.



Tempo do experimentar
A necessidade de criar um fluxo de tempo-espaço do experimento que se dilata na proporção da criança. Fazer-se presente para que a experiência do criar seja livre e plena em possibilidades, permitindo os constantes desdobramentos e novos significados.



Diálogo
Desenvolver um espaço de circulação e inter-relação entre pessoas e, ideias e linguagens artísticas. Ampliar a escuta e o olhar em todas as direções a fim de possibilitar horizontalidade e flexibilidade na troca de conhecimentos entre adultos e crianças, cultivando o respeito e a confiança. Estar disponível para a convivência entre singularidades e criar redes fortalecendo vínculos e relações de sentidos e significados.

Ritmo do encontro
O respeito à individualidade das crianças, perceber os ritmos e encontrar a pulsação capaz de abarcar as diferenças num espaço coletivo comum. Estabelecer rituais, reencontros, afetos, partilhas e trocas artísticas significativas e contínuas.



Pertencimento
Viabilizar o acesso à cultura e difundir os conceitos de apropriação e ocupação dos espaços públicos, estimulando a participação ativa das crianças na comunidade. Desenvolver o entendimento do direito coletivo à criação e à fruição dos bens simbólicos e de diferentes manifestações artísticas.

Fonte: Revista Piapuru: Revista do Programa de Iniciação Artística (Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo), 2013, p. 17.

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